Embora eu esteja publicando em nosso blog em pleno domingo
(24/06), meu texto e minhas impressões descritas aqui se referem à minha
sensação de sábado retrasado (16/06), o primeiro dia em que estive na RIO+20, no
espaço da Cúpula dos Povos, onde escrevi esse texto no início daquela
madrugada.
Parti de Ribeirão Preto em direção ao Rio de Janeiro na
sexta-feira, dia 15 de junho. Além do meu
ativismo ambiental, que levei no bolso de fora de minha mala, preferi usar uma
“lente especial” e ler tudo aquilo que eu estava vivendo e presenciando, com
olhos de educador. Minha grande surpresa é que, no alojamento da UFRJ, local
onde fiquei hospedado, havia uma teia de grupos de ativismo muito diversificada
e, por incrível que pareça, com propósitos prioritários muito diferentes dos
que eu esperava encontrar.
Dentre eles destaco o movimento feminista, os grupos
que difundem a descriminalização da “maconha” como propósito de tratar os
problemas das drogas como responsabilidade dos institutos relacionados à saúde
e não a segurança pública e uma porção de outros, relacionado à resistência ao
capitalismo em todas as esferas, incluído a ambiental.
Observei que o ativismo relacionado ao desenvolvimento
sustentável, por mais irônico que pareça, também se mostra sustentável quando o
assunto é reunir o maior número de redes de interesses diversificadas que tem no
meio ambiente um interesse em comum. Ou seja, um sustenta o outro.
A má notícia é que a grande sujeira e bagunça presente no
ambiente onde os revolucionários do “verde” ficavam, estavam muitas vezes sujo
e desorganizado, contradizendo um dos princípios mais ditados pelo ativismo
ambiental, que é o de reduzir a produção de lixo e reciclar o produzido.
No 8º episódio da série “Hora do Recreio” (“Quem tem medo de
gente mau?”), postado no sábado retrasado (16/06), vê-se claramente uma
metáfora do que acontecia na RIO+20, o personagem da aluna Lorrayne demostra
preocupação quando o assunto é reciclagem do lixo e o vegetarianismo, mas como
o segundo é sua bandeira principal, o
fato de seu colega ter jogado um lanche com carne no chão não a incomoda.
Durante essa semana, excepcionalmente, a série “hora do
recreio” terá publicações diárias até o próximo sábado, exibindo vídeos
documentais revelando detalhes de beleza, das discussões e das minhas reflexões
sobre o maior evento de desenvolvimento sustentável que ocorreu no Rio de
Janeiro, na qual fui representando o Colégio Alvorada de Ribeirão Preto, São
Paulo.
Muito bacana a proposta, professor!
ResponderExcluirComo diria Arnaldo Antunes:
"...O seu olhar melhora o meu..." e espero que o de todos nós!
Beijoca!